quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Como era a minha vizinhança lá nos EUA

Uma vez questionei Au Pairs que ainda estavam no Brasil o que elas mais tinham interesse de saber e ver em blogs e blogs antes de ser, oficialmente, Au Pairs, e a maioria me pediu coisas simples, como rotina, quarto, vizinhança, supermercados, farmácias, etc.
Por essa razão que, durante os meus últimos dias nos EUA, decidi tirar bastante fotos e prestar bastante atenção em detalhes para compartilhar com vocês. E agora vou contar e mostrar um pouquinho de como era a minha vizinhança lá, e espero que vocês curtam.

Para quem não sabe, eu morava em Irvine, uma cidadezinha em Orange County, no sul da Califórnia. A cidade é super nova, desde 1971 apenas, ou seja, 45 anos.
A cidade é casa para grandes universidades e empresas, o que faz dela importantíssima na região de Orange County, mas também faz dela modelo, e ela não deixa a desejar NADA  a desejar nesse quesito. Parece uma maquete em tamanho/escala real, dedão perfeitinha e bem pensada, sabe?
Não teve nem uma pessoa que viesse até aqui me buscar ou visitar que não ficasse falando o quão perfeitinha e fofa era a minha vizinhança.

Não é condomínio fechado mas as casas seguem um padrão, tanto de tamanho quanto de cores. De acordo com os meus hosts (que compraram a cada ainda na planta), uma empresa é responsável, uma construtora, exatamente como em condomínios.
Daí existem 3 tamanhos de lote, você vai e decide, pequeno, médio ou grande. Então, para cada um dos 3 lotes você terá 3 opções de planta e terá que optar pela que se encaixa melhor com o que você procura.
Além disso, a parte externa das casas também terão opções limitadas, por exemplo, você terá três opções de cor de tinta para as paredes externas, 10 tipos de plantas para o jardim, 3 tipos de janela e 2 de porta, e por aí vai. E é por isso que parece tudo tão igualzinho e bonitinho, porque, na realidade, é!

Outra coisa bacana que as construtora oferecem são os espaços comunitários, que são comunitários mas possuem chaves.
Nesses espaços, que são muitos, você encontra campos para jogar futebol, quadras de tênis e basquete, playgrounds, salão de festas, piscinas e jacuzzis, áreas com churrasqueiras e por aí vai. E são ali, diariamente, o tempo todo, a disposição dos moradores, é incrível!
Só aqui perto, e a minha ideia de perto é poder ir andando, temos 8, sim, 8 playgrounds diferentes e 4 piscinas. Me diz se isso não é incrível?

Vale falar que o cuidado com esse espaço é impecável. Diariamente pode-se ver pessoas aparando a grama, cuidando das árvores e jardins, varrendo e lavando o asfalto. Também há sistema de irrigação, e não, não conseguimos vê-lo quando não está funcionando.
Ele funciona a noite e durante a madrugada, mas as saídas de água ficam enterradas no gramado durante o dia, e juro, não dá para ver de jeito nenhum. E a água é totalmente reciclada, genial.
Outra curiosidade são as caixas de correio, que não são individuais. Existe uma caixa grande de correio com diversas gavetas numeradas. Todas são trancadas e só o morador e o agente dos correios tem a chave. Então fica na responsabilidade do morador ir até lá e recolher as duas correspondências.


Existe algo que me admira muito aqui e que, na realidade, eu só notei quando fui visitar Washington DC. Não existe fios de alta tensão gente, é tuuuudo subterrâneo. Olha que coisa mais linda essas fotos que eu tirei sem nenhuma poluição de fios. E, de fato, eu só me dei conta disso quando, em DC, eu me deparei com fios de alta tensão por toda parte e pensei "nossa, que estranho".
Obviamente que tamanha organização e beleza tem um custo, e meus hosts pagam uma taxinha que é tipo "condomínio", mas e um valor bem simbólico em comparação a tantos benefícios, de verdade.

Além de toda essa fofura, a cinco minutos de carro da minha casa você dava de cara com um centrinho comercial cheio de restaurantes, cafés, supermercado, farmácia, academia, bancos, escola e posto de gasolina. Juro, 5 minutinhos. Dava até para ir a pé quando não estava um calor infernal.
Como praticamente tudo nos Estados Unidos, minha ex-vizinhança não poderia ser diferente, bem pensada, bem cuidada e funcional.
Eu gostava muito da casa dos meus hosts ali, gostava da vizinhança e dos centros comerciais que tinham por ali, curtir a piscina e fazer churrasco com as amigas era algo que não tinha preço, gostava da cidade de Irvine, exatamente por conta da quantidade de coisas que ela oferecia e por ser tão próxima de outras cidades também ricas em entretenimento e tal. Nada como morar a 20 minutos da Disneyland, não é mesmo?

E é isso, espero que vocês tenham gostado de conhecer a vizinhança que eu morei no meu tempo como Au Pair, espero ter matado algumas das curiosidades de vocês, principalmente através das fotos, e se ficou ou foi criada mais alguma dúvida, deixa nos comentários que será um prazer responder. De qualquer maneira, comente aí o que achou, gostou? Achou fofinha também? Tipo de Barbie, né? Eu morro de saudade do lugar e vou aproveitar para deixar um tour e mais algumas fotos para vocês e para que eu mata um pouquinho dessa saudadinha, :*


















sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Roteiro e Dicas: SEQUOIA NATIONAL FOREST

Desde que conheci o Yosemite National Park, lá no invernão de janeiro, sonho em conhecer o Sequoia National Forest. Isso porque a ideia inicial de quando fomos ao Yosemite era passar pelo Sequoia no segundo dia de viagem, mas a estrada estava fechada por conta da quantidade grande de neve e não pudemos fazer esse passeio.
Foi então que eu e as outras meninas que foram comigo para o Death Valley National Park decidimos incluir o Sequoia National Forest no roteiro, e ali eu realizei mais um sonho.
Coberto de Sequoias gigantescas, montanhas cobertas por neve, longas e tortuosas estradas, um grande e lindo lago e uma altitude de tirar o fôlego, o Sequoia National Park é, obviamente, famoso por conta de suas antigas e famosas Sequoias, que tem mais de 3000 anos, pesam mais de uma tonelada e possuem uma média de 100 metros de altura. Tem como não se encantar com um lugar desses?

DICAS CRUCIAIS:
Quando ir?
Como já comentei no começo do post, evite o inverno, muitas das estradas estarão fechadas por conta da neve e é bem provável que você não consiga aproveitar o passeio. Por conta de sua altitude e, ao oposto do Death Valley National Park, o parque costuma ser um local bem gelado e no verão estará, muito provavelmente, bem lotado, mas ainda assim talvez seja a melhor época.
Para vocês terem uma noção, da portaria do parque até o topo dele, onde se encontram as famosas Sequoias, a temperatura variou 20 graus celsius para menos. Pois é.

Onde se hospedar?
Já comentei que esses parques nacionais costumam ter opção de camping por toda parte, o Sequoia não é nada diferente.
Porém, caso acompanhar não seja muito a sua praia, a cidade mais próxima chama-se Three Rivers e é lá que os visitantes costumam se hospedar, ir a restaurantes, postos de gasolina e por aí vai...
Como comentei, fiquei em Bakersfield, mas não é perto do Sequoia, então essa não seria a melhor opção se você pensa em visitar o parque por mais de 1 dia. E, caso a ideia seja apenas visitar por um dia, o parque encontra-se a 4 horas de distância de Los Angeles. Acho que é super válido sair de LA beeeeem cedinho, passar o dia no parque e voltar no final da tarde, principalmente se você tiver com quem dividir a direção do carro.

Quanto custa?
Acho que os parques nacionais tem um preço tabelado, já que o Sequoia também cobra o valor de $20 por carro e também tem a validade de 7 dias. Inclusive, li em um site que você pode comprar um pacote que vale para mais de um parque, caso a sua viagem tenha a ideia de visitar os parques, né?

Importante:
✔️ Esteja com o tanque cheio, sempre sempre encha o tanque quando for fazer passeios como esse.
✔️ Pegue o mapa logo na entrada do parque e já saiba onde quer ir e parar porque, novamente, seu celular não vai funcionar lá dentro, esquece.
✔️ E novamente digo, se organize, principalmente se for uma viagem de curta duração. Já saiba onde quer ir, estude o mapa pela internet, veja qual a ordem mais viável dos pontos que você pretende parar e, enfim, se organize!


O QUE VER NO SEQUOIA NATIONAL FOREST?
🌳 General Sherman:
Incrivelmente linda e nitidamente bem tratada, a General Sherman é a maior (em volume) árvore viva de todo o planeta Terra. Tem como não se sentir abençoado por poder conhecer de pertinho algo tão importante? Eu me senti, de verdade.


🌳 Tunnel Rock:
Como o próprio nome diz, é um túnel formado por rochas. Achei bem interessante a forma com que foi formado e não resisti a vontade de ir até o topo do túnel, claro.



🌳 Tunnel Log:
Obviamente que também trata-se de um túnel, mas neste caso não está relacionado a rochas, mas sim a tronco, como o próprio nome diz, porque sim, log significa tronco em inglês. E isso eu achei mágico, pensa que um tronco de uma daquelas árvores pequenas tenha caído, e como deve ser super fácil de mover um tronco daquela dimensão, preferiu-se construir um túnel ali mesmo...

🌳 Generals Highway:
Que nada mais é  do que a estrada que liga as duas maiores árvores do planeta, a General Sherman, que comentei acima, e a General Grant. Não é a toa que essas pequenas foram denominadas generais, não é mesmo? Ao longo do percurso você vai querer parar e fotografar cada cantinho, parece que quanto mais se explora mais incrível vai se tornando.




🌳 Amphitheater Point:
É o primeiro ponto para parada após o visitor center e super vale a pena perder um tempinho nesse mirante. Ali pode-se ver as montanhas da High Sierra e o topo do parque, onde se encontra uma outra parada obrigatória do passeio, o Moro Rock.



Assim como todos os outros parques nacionais, o Sequoia também é enorme e esses são só alguns dos principais pontos. O Moro Rock, que citei acima, é um ponto incrível mas que não consegui ir, e não foi por falta de tempo, e sim pois no dia em que fomos ao Sequoia estava MUITO nublado e o ponto era alto demais, estar totalmente tomado pela neblina.
Mas ainda assim tiveram alguns pontos que não tivemos tempo de conhecer, obviamente. Os principais foram quitados e a experiência foi incrivelmente maravilhosa. E de coração, eu espero que todos vocês que estão lendo isso um dia tenham a oportunidade de ir até lá!

sábado, 17 de setembro de 2016

Roteiro e Dicas: DEATH VALLEY NATIONAL PARK

Eu passei muito tempo sem nem ao menos saber da existência desse parque, daí uma amiga minha comentou que tinha vontade de conhece-lo, pensei, legal, vamos nessa! Porém, pouco antes disso, uma dia em que fui ao Disney California Adventure, passei a sonhar em conhecer esse lugar também..
Vou explicar, na Disney California Adventure (e também na de Orlando, no Epcot) existe uma atração chamada Soarin', que simula um voo pela California, bom, simulava, agora a atração foi reformada e irá sobrevoar o mundo. Enfim, fato é que eu sobrevoei o Death Valley ali naquele brinquedo e fiquei doidinha para conhecer, então fomos, eu e mais 4 Au Pairs aqui da região, de diferentes nacionalidades, aliás.
Passamos apenas um dia inteiro lá, mas foi o suficiente para ver os pontos de maior interesse, pelo menos os nossos pontos de maior interesse. Então vamos as dicas e ao roteiro, não é mesmo?

DICAS CRUCIAIS:
Quando ir?
Bom, estamos falando de um deserto, diria que um dos lugares mais quentes do planeta todinho, então a dica principal é: não vá no verão, e o verão aqui da Califórnia vai aí de maio até meados de setembro, então evite essa época do ano, o calor é insuportável e pode chegar aos 45 graus lá no parque.
No inverno, entre meados de novembro até fevereiro, o parque estará em sua alta temporada e você pode encontro-lo bem lotadinho, então vamos de outono e primavera, mas assim, outono e primavera já LONGE do verão, para evitar MESMO o calor infernal, ok?

Onde se hospedar?
Uma das opções é acampar dentro do parque ou ir com o seu trailer. A maioria dos parques nacionais oferecem essas opções e são bem preparados para tal, então, caso você seja fã desses tipos de aventura, tá aí um prato cheio.
A outra opção são, obviamente, os hotéis por ali. As regiões mais próximas do parque com relação a hospedagem, supermercados e postos de gasolina são Furnace Creek e Stovepipe Wells, mas ambos serão caros, tanto por serem os únicos, quanto por serem afastados.
Eu não sei o que está te levando/te levará ao Death Valley National Park, mas muitas pessoas vão ou passam por eles em suas viagens para Las Vegas, e o motivo disso é o fato de eles estarem duas horas de distância um do outro, ou seja, outra opção de hospedagem seria em Las Vegas, baby.
Eu estava fazendo um "final de semana de parques nacionais" e, por essa razão, me hospedei em Bakersfield. Não é perto do parque não, dirigimos por boas horinhas, mas era a opção que ficava na metade do caminho entre o Death Valley National Park e o Sequiosa National Forest, que era o nosso segundo destino.

Quanto custa?
O valor por carro é $20, e é válido por um semana (sete dias), no nosso caso deu quase nada, já que éramos 5 dentro do carro.

Importante:
✔️ Água pessoal, muita água... E, de preferência, água gelada. Estamos falando de deserto e não quero ninguém aqui passando mal por falta de aviso, tenham água.
✔️ Gasolina, sempre a gasolina. Passeios para parques nacionais te exigem carro (a não ser que você opte por algum tipo de tour) e dentro dos parques RARAMENTE terá um posto de gasolina, então, encha o tanque antes de começar a sua aventura.
✔️ Mapa! Não vá achando que o seu celular irá funcionar, porque se tem um coisa que eu já aprendi com as minhas idas a parques nacionais é que: MEU CELULAR NÃO VAI FUNCIONAR. Então, não dependa de GPS, por favor.
O que eu indico, na realidade, é que você seja MUITO ORGANIZADO com relação a esses tipos de passeios, já saiba em que pontos você deseja parar, estude o mapa via internet antes, veja qual a ordem dos pontos que faz mais sentido, já vá sabendo ao menos um pouco o que te espera e, assim que chegar lá (porque com certeza terá um "visitor center"), pegue um mapinha do parque e trate-o como seu melhor amigo.


O QUE VER NO DEATH VALLEY NATIONAL PARK?
🌵 Zabriskie Point:
Um dos meus pontos favoritos, as montanhas tem cores distintas e especiais, parece uma obra de arte. Não consegui assistir ao pôr ou nascer do sol por ali, mas li que é a hora mais incrível do dia para estar ali.



🌵 Bad Water Basin:
Essa área do parque é o ponto mais baixo de toda a América do Norte, lá você se encontra a quase 300 pra abaixo do nível do mar, muito legal. É um dos pontos mais famosos e lotados do parque, claro, e ali você caminha em um campo cheinho de placas salgadas, sim, andando em sal... Branquinho, incrível!






🌵 Artists Palette:
Outro dos meus favoritos, que lugar mais charmoso e incrível. Quando vejo umas obras primas dessas a única coisa que consigo fazer é agradecer a Deus, em dobro, primeiro por ter construído tamanha perfeição e, segundo, por me dar a oportunidade de visita-lo.
O ponto é um conjunto de montanhas coloridas que, ainda por cima, mudam de cor de acordo com o dia e com a mudança da posição do sol. Cara, tem como não agradecer ao senhor que vive lá no céu?



🌵 Mesquite Sand Dunes:
Como o próprio nome diz, são Dunas! Porque ver o ponto mais baixo da América do Norte, montanhas coloridas e toda aquela imensidão de um deserto montanhoso, NO MEIO DO NADA, você encontra dunas de areia. E quando eu digo NO MEIO DO NADA, eu falo sério. Chega a ser engraçado, um monte de areia no meio de um deserto rochoso. Parece que construíram as dunas ali sabe? Trouxeram a areia com caminhão e tal, ahahaha...



Bom, esses foram os pontos que eu visitei do parque, mas é óbvio que existem muitos outros. Todos esses parques nacionais são absurdamente grandes e exploráveis, pode-se passar dias a fora e não será o suficiente. Por isso que digo que é de extrema importância pesquisar antes e se programar direitinho. Espero que tenham curtido e que, assim como eu, tenha a oportunidade de visitar esse lugar abençoado e criado por Deus.