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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Vou ser Au Pair de novo!

Sim, é isso mesmo que vocês estão lendo no título. Vou fazer isso de novo! E vou explicar para vocês o porquê de tudo isso...
Na realidade, eu acredito que nem seja necessário explicar muita coisa. Como desabafei há pouco tempo aqui com vocês, o meu pensamento de antes e durante a minha experiência como Au Pair mudou totalmente depois que voltei para o Brasil e vou tentar resumir para vocês aqui o que e o porquê de ter mudado, mas se quiser ver em detalhes confira o post em que abri meu coração.
Em resumo, o que houve foi que antes e durante o tempo que fiquei nos EUA eu achava que o Au Pair não podia passar de um experiência de no máximo dois anos e que, o certo, era construir a sua carreira na sua área, coisa que dificilmente aconteceria nos EUA.
Só que, na realidade, não é assim que funciona, né? Eu nunca julguei as pessoas que buscavam uma tentativa de continuar nos Estados Unidos depois do programa, nunca! Mas eu não entendia... Pensava, "sou diferente... e jamais faria isso!".
Bom, talvez eu não seja tão diferente assim... Mas precisei voltar para o Brasil para me dar conta disso. E jamais teria mudado os pensamentos se ainda estivesse na Califórnia.
Fato é, eu mudei, e ainda por cima percebi que muito do que eu achava ou deixava de achar era baseado no que via e ouvia dos outros e da educação que recebi, se é que me entendem.

Já faz quase um ano que voltei para o Brasil e NADA do que eu planejava aconteceu. No final do ano passado fiz dois cursos na minha área e voltei para o inglês. No começo de 2017 fiz duas viagens incríveis para Salvador e Rio de Janeiro e, nesse período da minha volta até o Carnaval, também pude curtir e matar a saudade de meus parentes e familiares, até mesmo pelas festas de final de ano, casamento e aniversários que aconteceram.
Estou dando aulas de inglês e tem sido muito bom para me manter ocupada e não gastando um dinheiro que nem tenho, mas não é bem isso que quero, essa não é a minha área. E, além de estar trabalhando em algo fora da minha área, já reduzi as informações do meu currículo, removendo cursos que me orgulho muito em ter feito, só para ver se conseguia uma vaga mais simples, mas que fosse na minha área.
Mas cadê eu em carteira registrada como pretendia? Cadê eu ganhando experiência na área que escolhi seguir? Cadê eu comprando meu carro próprio? Cadê eu pagando a minha previdência privada? Cadê eu fazendo a minha pós ou uma nova faculdade? Cadê eu dentro de uma rotina? Cadê?

Depois de conversar com muitas pessoas experientes, ler bastante sobre economia, pesquisar e pensar, avaliar a situação do Brasil, a minha, e onde as duas se encaixavam, cheguei a decisão de fazer isso de novo, ser Au Pair de novo, sem medos!
Como não posso voltar para os EUA como Au Pair ainda, optei por ir para a Holanda, pois é o único país além do Estados Unidos que exige o inglês ao invés de algum outro idioma que eu não saiba.
E, sabendo que muita gente se interessa pelo assunto e tem dúvidas, eu pretendo e já estou preparando vários posts relacionados ao meu processo como Au Pair na Holanda, desde escolha de agência até o embarque e depois, vou contar tudinho para vocês em outro posts, prometo.

Fato é que, sim, serei Au Pair de novo, e estou muito feliz com essa minha decisão. Já imagino o quanto de cultura eu vou sugar durante essa nova experiência, as paisagens e lugares que terei a oportunidade de ver, as pessoas que vou conhecer e nossa, já tá valendo a pena.
Estou gostando de ter certo "controle" do que farei pelo próximo ano, apesar de não ter controle de nada nunca. Mas é sempre bom ter um plano e conseguir seguir com ele. Isso sem contar o fato de que em outra situação eu jamais poderia me jogar por um ano na Europa.
Vejo amigas minhas com carreiras consolidadas, imóveis para para, namorados, filhos, faculdade e me sinto abençoada, de certa forma, por não ter nenhuma dessas obrigações e poder optar por largar tudo de novo e viver uma nova aventura, se é que me entendem.
Então sim, vocês terão MUITAS coisas novas por aqui e vou leva-los comigo para explorar essa Europa de meu Deus. Darei toda e qualquer dica e compartilharei de toda e qualquer nova experiência. Tá bom?

sábado, 17 de junho de 2017

Amizades Brasileiras X Amizades Estrangeiras

Esses dias me deparei com essa pergunta, você preferia estar com as meninas que também eram brasileiras ou com as estrangeiras? E eu até já comentei aqui algumas vezes que, durante os meus primeiros 6 meses, eu não tive contato com outras brasileiras. A partir da minha experiência, vou tentar contar e comparar um pouco das diferenças e semelhanças desses dois tipos de amizade.

AMIZADES ESTRANGEIRAS
Vantagens:
A primeira vantagem não poderia ser outra além de que, ao andar com estrangeiras, você será obrigada a falar inglês o tempo todo. E posso dizer com segurança que foi aí onde eu mais evolui e aprendi o meu inglês.
Tendo amizades de todas as partes do mundo te ensinará não só sobre a cultura americana, como a de todos os outros países onde elas residem. Eu, por exemplo, aprendi muito sobre a África do Sul, Espanha, França, Alemanha e Austria, já que fiz amizades com meninas de todos esses lugares.
Outra coisa que notei que só a amizade estrangeira propõe é um certa leveza na amizade. Não que uma amizade brasileira não seja leve, mas eu sempre senti que havia menos cobrança por parte das estrangeiras. Talvez por ser um pouco mais superficial, não sei. Mas nunca rolou aquele negócio de "nossa, você foi lá e nem me chamou", entendem?
E tem aquela vantagem de se ter amizades por toda parte do mundão, e poder visitar alguns países europeus aí gastando bem menos...

Desvantagens:
As vezes você quer comparar algo ou alguém que só existe na cultura brasileira, ou você quer usar algum termo que talvez não tenha explicação ou tradução para o inglês e isso é complicado.
Ter que falar inglês o tempo todo! Hahahahahah... Como pode ser vantagem e desvantagem? Fácil. Se imagine numa viagem de três dias com estrangeiras, falando inglês o tempo todo. Não chega uma hora que cansa? No final do meu programa eu já estava tão habituada com o idioma que nem ligava, até gostava... Mas naqueles 6 primeiros meses que eu citei, por ainda estar aprendendo o idioma e também pelo fato de cada uma ter um sotaque diferente, sempre que passava muito tempo com elas acabava tendo dores de cabeça, e é sério.

AMIZADES BRASILEIRAS
Vantagens:
Poder falar de tudo e mais um pouco por estar em uma conversa com alguém que fala a mesma língua nativa que você, a, como é bom!
Viajar e sair para algum lugar no estilo brasileiro de ser, ou seja, falando alto, ouvindo funk, brigando, fazendo bagunça, dando risadas diferentes, utilizando piadas internas e por aí vai... E poder falar mal dos outros sem que ninguém entenda o que você está falando...
Conforto e carinho. Porque dificilmente existirá uma amizade estrangeira que te deixará a vontade para desabafar, chorar e conversar como uma brasileira é capaz de fazer...
Isso sem contar que elas serão as primeiras e talvez únicas que toparão na mesma hora quando você convidar para ir á um restaurante ou mercadinho brasileiro.

Desvantagens:
Evolução mais lenta do inglês. E esquece aquela história de que vai falar inglês quando estiver com brasileiros porque isso NÃO ACONTECE de jeito nenhum...
Carência, cobrança e jeitinho brasileiro. Não tô aqui para ser hipócrita não, eu cometi todas essas coisas, mas sempre notei que, entre estrangeiras, isso não rolava. Esse lance de ciúmes de amizades, carência e cobrança quando a amizade acaba fazendo algo e não te incluindo, falsidade, jeitinho brasileiro... mimimi.... blablabla... hahahahahah

O QUE EU PREFERIA?
Eu sinceramente acho que as coisas aconteceram como tinham que acontecer. Eu ter passado aqueles 6 meses apenas com estrangeiras foi importantíssimo para o meu aprendizado, crescimento e evolução durante o meu período como Au Pair. Mas, ao mesmo tempo, eu me lembro nitidamente o quanto fiquei ansiosa e feliz quando soube que algumas brasileiras estavam para chegar.
Com brasileiros você acaba criando uma família, de verdade. É impressionante o quanto essas amizades de te conhecem e o quanto você aprende sobre elas em tão pouco tempo. É como se fossem amigos de anos e anos, e não é clichê.
Quando tinham brasileiras e estrangeiras eu procurava dividir o meu tempo. Fiz viagens mescladas, viagens só com brasileiras e viagens só com estrangeiras. Assim como passava o meu final de semana balanceando isso também e me fazia MUITO BEM.
Eu tinha meus momentos leves com as estrangeiras e também aqueles intensos com as brasileiras, e amo, amo mesmo, todos que passaram pela minha vida durante o meu período como Au Pair, e os que permanecem até hoje, que são muitos, graças a Deus.

domingo, 4 de junho de 2017

É que, na verdade, eu preciso desabafar...

Sei que cada um é cada e que nós todos temos motivos diferentes para tomar uma mesma atitude, ou ter uma mesma escolha, como ser Au Pair, por exemplo.
Uns pelo inglês, outros para fugir, alguns porque é a forma mais barata de ir para fora e ficar um longo período, outros para fazer um curso legal, alguns para viajar, outros para casar, tem quem vá sem perspectiva alguma até. E mesmo que tenhamos algumas motivações parecidas, ninguém vai exatamente pela mesma razão.
Eu fui para melhorar o inglês, fazer um curso bacana para melhorar o meu currículo e viajar, esses eram os meus motivos. E em momento algum eu cogitei a ideia de não voltar para o Brasil, nunquinha. Para mim sempre foi passageiro, um capítulo, uma fase. O meu lugar no mundo era o Brasil, eu pensava
Estava ansiosa para voltar, e como estava. Por mais que estivesse vivendo, vendo e aprendendo tudo aquilo, me sentia parada, entendem? Pois não estava investindo na minha casa própria, não tinha emprego na minha área com carteira assinada, longe do lugar que chamava de meu, me senti "parada" durante 18 meses, acreditem...
Fato é que: EU VOLTEI! E me senti muito feliz em estar de volta. Já até comentei que tive a estranha sensação de nunca sequer ter saído do Brasil um dia, e foi real. Eu sentia como se tudo que eu vivi nos EUA não fosse nada além de um fruto da minha imaginação. Era como se eu tivesse "pausado" tudo e todos no Brasil e daí, assim que eu cheguei de volta, foi só "dar play" de novo que tudo voltou a ser como era antes. Louco isso né? Eu também achava. Aliás, era uma sensação muito estranha, muito muito estranha...
O tempo foi passando, a mesmice foi me cansando. Familiares e amigos são os mesmos, graças a Deus, mas talvez eu tenha mudado. Na realidade, tenho certeza que mudei, só não sabia que tanto. É sempre bom estar com quem amo e fazendo o que gosto, como comendo uma boa comidinha, curtindo uma música, dando boas risadas, tomando uma gelada ou apenas passando algumas horas colocando a conversa em dia.
Mas calma, no geral, isso é tudo que importa? O que importa para mim realmente importa para os outros? O que eu tenho feito para ser feliz? Tenho feito as coisas pensando em mim ou nos outros? Baseado no que eu tenho tomado as minhas decisões? O que é que me faz feliz?
A tal da casa própria, é mesmo o meu sonho ou seria do meu pai? A carteira assinada é pretensão minha ou da minha mãe? Construir a minha vida no lugar onde nasci, independente de tudo, é mesmo a melhor e única opção que tenho? Essa ideia de uma vida estável partiu de quem?
Eu não acho errado ouvir e seguir conselhos de pessoas que nos amam e querem o nosso bem, não acho incorreto fazer algo com base em experiências de outras pessoas. Mas acho errado fechar totalmente os olhos para o nosso próprio coração e nossas vontades para agradar o próximo. Abrir mão de certas coisas para ter uma relação saudável com as pessoas ao nosso redor é muito diferente de deixar de ser feliz para satisfazer o próximo, e cabe a nós saber separar essas duas coisas. Alguns possuem até uma inteligência emocional mais aguçada que outros, mas isso é algo que PODE e DEVE ser analisado e praticado dentro de nós mesmos.
Venho então, finalmente, desabafar que sim, eu mudei totalmente o meu pensamento e que, com certeza, isso só aconteceu porque eu voltei para o Brasil e pude sentir e entender tudo isso com a vivência.
Por mais difícil que seja morar com estranho, também não é fácil voltar para a casa dos pais. Por mais desgastante que seja cuidar de crianças, eu estou para conhecer alguém que não se desgaste sentado na cadeira do escritório umas 8 horas por dia. Estar longe de tudo e todos que conhecemos é bem difícil, mas conhecer e aprender o novo nos dá um prazer imenso.
Eu ainda não encontrei a plenitude, e talvez nem chegue ao 100%, mas eu abri meu pensamento e meu coração e, a Larissa que sou hoje, talvez curtisse a experiência como Au Pair de forma diferente a primeira, ainda que a primeira tenha sido perfeita, ao meu ver.
Se eu fosse aplicar para o programa hoje, eu viveria a experiência com mais intensidade, pensando mais no hoje e deixando de me preocupar com um futuro no Brasil que sequer tenho controle. Porque cá estou, sem casa, carro, carteira assinada, pós gradução, marido ou qualquer coisa do gênero. Então te pergunto, até onde temos o controle da nossa própria vida?
Estou feliz, mas já não acredito que a minha felicidade seja baseada naquilo que pensava que era, e acho que isso é bom, e vocês?

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

E a balada nos EUA, como é?

Outro dia, enquanto eu curtia o meu pagodinho entre amigos, me peguei sentindo saudade das baladas americanas. Pois é meus caros leitores, sau-da-de das baladas de lá! E as baladas lá foram algo que me surpreenderam, nem para o ruim, nem para o bom, apenas se mostraram diferente do que eu esperava, eu acho. E hoje vou contar para vocês como, mais ou menos, elas são e funcionam...
Eu entendo que, em cada estado e cidade, as baladas sejam diferentes. Diferentes em vários aspectos, músicas, público, horário, drinks... Os estados são bem diferentes entre si, culturalmente falando, e isso implica em diversos fatores, como comidas, por exemplo, e o mesmo vale para baladas.

💃🏻 DANÇAR = SIMULAÇÃO DE SEXO
E isso realmente me chocou, aliás, eu vim embora não aceitando esse "jeitinho americano" de dançar nas baladas. Parece dança do acasalamento. E o pior disso tudo é que a mulher geralmente fica esfregando a bunda no cara a noite toda, eles não se beijam, e quando a balada acaba vai cada um para a sua casa e eles nunca mais se falam... Tipo, oi?

💋 RARAMENTE PESSOAS SE BEIJAM
As vezes, beem as vezes, depois da tal dança do acasalamento, casais se beijam. Mas é BEM RARO que isso aconteça, porque não é "culturalmente aceitável" beijar em público nos EUA, e é muito difícil encontrar um casal se beijando. E se acontecer, se rolar beijocas depois da dancinha sensual, sí sim, muito provavelmente, aquele casal vai passar a noite juntos, se é que me entendem.

✋🏼 AS 2 DA MANHÃ VOCÊ É EXPULSO
Salvo raras exceções, como Las Vegas, New York City e Washington DC, por exemplo, as baladas vão se encerrar as 2 da manhã, e é bom que você esteja preparado para sair, porque eles são bem pontuais e vão acabar te empurrando para fora. O bom é que as baladas de lá não trabalham com comenda, você paga e bebe, então não vai se preocupar em pegar uma fila no final da noite, né?

🚫 VOCÊ TEM 21 ANOS?
Recentemente eu compartilhei com vocês a minha opinião sobre ir para os EUA com menos de 21 anos, e aqui encontra-se algo que, quase sempre, você não poderá curtir se for menor de 21 anos de idade nos EUA. Alguns barzinhos e restaurantes, só por venderem bebidas alcoólicas já não vão liberar a entrada de menores, e nem adianta tentar ou insistir, lei é lei por lá!

🎶 AS MÚSICAS NÃO VARIAM
E o que você geralmente vai ouvir é Hiphop e Pop. Eu sentia que estava ouvindo rádio na balada, porque sempre estavam tocando as músicas do momento somados a alguns hits famosos mais antigos. Mas isso varia culturalmente, e eu já fui numa festa onde tocava música country e em uma outra que tocava música eletrônica, só eletrônica. Mas no geral, meus caros, não vai ter muita variedade não.

👯 DANCINHAS
Não se surpreenda se, do nada, todo mundo começar a dançar igual quando uma música específica começar a tocar na balada. Existem alguns hits que são famosos e queridos pelos americanos, e a coreografia é, muito provavelmente, conhecida há gerações, cultural, entendem? Então, se uma delas começar a tocar, você verá todos se unindo e dançando juntos, e eu acho super engraçado.

🍺 ASSUNTO: BEBIDAS ALCOÓLICAS
As bebidas alcoólicas devem ser consumidas dentro dos estabelecimentos, e nem na área de fumantes você poderá levar o seu drink. O único lugar nos EUA onde a bebida é liberada em qualquer lugar é Las Vegas, e essa é a razão de americanos "enlouquecerem" de alegria quando vão para lá. Por isso que nos filmes nós vimos a galera segurando a bebida dentro de um saquinho de papel, sabem? Para mim, que morava na praia, sempre foi muito frustrante não beber uma cervejinha a beira mar...

‼️ SEGURANÇAS RIGOROSOS
Se você decidir fazer um esquenta antes de ir para balada, tome cuidado e não deixe que o segurança note sua alteração (caso haja), pois você pode ser banido de entrar na balada. E se, já dentro da balada, algum segurança notar que você está meio que "exagerando" na bebedeira, você será colocada para fora antes que haja um incidente. E não tente ir contra a vontade dos seguranças viu? Eles são MUITO estúpidos, em sua grande maioria, e vão te arrastar (literalmente) para fora do lugar.

💸 É DE GRAÇA!!!
O melhor das baladas americanas é que, a não ser que haja algum show, você não pagará nada para entrar no estabelecimento, e se não curtir a música e a vive, não se sentirá culpado em deixar o lugar e tentar outro porque pagou caro para entrar, e eu fiz isso diversas vezes enquanto estava lá.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

E que venha 2017, né?

E o 2016 está chegando ao fim somado aos 3 anos em que comecei esse blog. E é tão mágico, incrível, inacreditável e inexplicável o quanto vi, vivi e conheci ao longo desse período que, na realidade, é tão curto.
Foto do meu Réveillon do ano passado, em San Francisco
Quando comecei a escrever aqui o meu processo como Au Pair sequer era real. E olha como estou hoje, já apliquei para o programa, tive meu match, fui, estudei em uma universidade incrível lá, aprendi e evolui demais o meu inglês, viajei e comprei horrores, realizei tantos sonhos que não tem nem como listar, conheci pessoas maravilhosas, estendi o programa, voltei, já estou no Brasil há alguns meses e caramba, tanta coisa em tão pouco tempo...
Eu até poderia fazer uma retrospectiva do ano ou dos últimos três anos aqui nesse post, mas não acho que seria cabível. Eu sempre compartilhei tudo com vocês, todos os meses, todos os passos, evoluções, aprendizagens, compras e viagens, que não se faz necessário. Mas se você tem interesse em saber como foram os meus primeiros meses no Brasil depois do programa, ou queiram saber de uma forma resumida como foram os meus 18 meses como Au Pair, 2 dos últimos posts que fiz aqui no blog contam mais ou menos...
Em um deles eu compartilhei o scrapbook que fiz ao longo dos 18 meses, e você pode conferir aqui. E o outro post contam, com cada detalhe, os meus primeiros 4 meses no Brasil, aqui.
Também já compartilhei da minha experiência como Au Pair para um canal no Youtube e o vídeo ficou bem bacana e resumido. Eu Acho que nunca compartilhei aqui, mas acho que é uma boa hora para fazer isso, não deixem de assistir a acompanhar o canal da Pri, tem muito conteúdo, depoimento e coisa bacana.

Agora que já estamos mais situados eu vou compartilhar com vocês três coisinhas. A primeira delas é o que eu estou preparando e esperando para o blog e para não deixar de atualiza-lo. Acredito que já haja muito conteúdo interessante e que não deixará que o blog morra, mas tenho a intenção de continuar alimentando com conteúdos que talvez lhe interessem...
Os posts eram semanais, e isso eu tive que reduzir. Tanto porque está mais difícil encontrar conteúdo, quanto porque o tempo está mais reduzido. Então, a partir desse mês, nossos encontros serão quinzenais. Mas a boa notícia é que eu tenho post pronto para vocês até o meio do ano de 2017, sim, eu tenho assunto até lá, e entre eles vocês podem esperar por 4 relacionados a roteiros e dicas, pelo menos.
Assim como o post que eu, recentemente, compartilhei com vocês relacionado a faxina e organização, eu encontrei outros temas que ainda não exploramos aqui, como baladas americanas, supermercados, aplicativos de compras, seriados, dieta e por aí vai... Então aguardem coisas bem bacanas que eu estou preparando para vocês.
A segunda coisinha que eu gostaria de compartilhar com vocês nesse post é a minha imensa gratidão por todos que acompanharam, acompanham e ainda acompanharão o blog e todo o conteúdo que eu escrevo com tanto prazer e carinho para mim e para vocês. E digo que escrevo para mim porque, a princípio, o blog era como se fosse o meu diário pessoal sobre o intercâmbio, e ele é! Já que aqui eu consigo relembrar de tudo o que passei...
Mas ele se tornou uma fonte de pesquisa e informação para Au Pairs e até não Au Pairs, e eu notei o quanto as visualizações e os comentários foram crescendo e me empolgando cada dia mais a postar e contar para vocês a minha experiência. E isso é incrível e sim, um grande motivo para agradecer.
Agora vamos a terceira e última coisinha que quero compartilhar aqui com vocês nesse último post do ano: a minha listinha de planos para o ano que vem!
Eu não sei vocês, mas eu adoro listar, adoro mesmo! E gosto mais ainda da ideia de se listar metas para o ano que se inicia... Vocês não? Mas não adianta apenas listar, é preciso ir atrás e realizar o máximo do que foi listado, em?
Acho que o mais interessante de se fazer uma lista com algumas metas é não perder o foco ao longo do ano, porque acontece isso. Se você não planeja as coisas com um intuito maior, ela meio que perde o sentido, ou você até esquece. Por exemplo, você trabalha para que? Para fazer uma viagem? Ter dinheiro para pagar sua academia? Para comprar um apartamento? Um carro? Para pagar uma faculdade? Um intercâmbio? Um curso? É importante entender e focar na reação que a sua ação pode causar, ou melhor, na reação que você quer que a sua ação cause. Então faça uma lista, e foque nela!
Eu estou com muitas expectativas boas para 2017 e sei que muita coisa não depende de mim, mas a maioria sim. Entendo que o emprego seja essencial para que eu realize boa parte das minhas metas, mas entendo que eu poderia ter um super emprego e ainda assim não conseguir me organizar para realiza-las.
Dentre as metas de curto prazo, eu quero fazer duas novas tatuagens que já estão até decididas, quero fazer um peeling, clareamento nos dentes, quero fazer um acompanhamento nutricional, me reeducar e voltar para a academia, algum tratamento estético como drenagem ou massagem modeladora... E essas são algumas metas de curto prazo, que quero que aconteçam logo no primeiro trimestre... E que não são tão ligadas a rotina ou trabalho.
Já as metas de longo prazo, são mais dependentes de outros fatores. Dentre elas eu listei a compra do meu carro, uma pós graduação, uma viagem internacional, aprender um novo idioma e aprender a tocar violão. Sim, eu sonho em saber tocar violão, e desse ano não passa! Aliás, também gostaria muito de aprender a jogar xadrez, vamos ver se não rola ainda em 2017 também...
E é basicamente isso que queria vir contar para vocês. Quer dizer, tem mais e eu quase me esqueci. Desde o dia 9 de dezembro eu estou numa correria deliciosa. Decidi que queria dar um UP de leve, já que não estava mais aguentando a vida de não fazer nada todo dia e me sentir parada...
Me matriculei em dois cursos livres do SENAC, um de Recrutamento e Seleção e outro de Administração de Conflitos, um na parte da manhã e outro a tarde, ou seja, correria louca. Eles acabam amanhã, dia 23 de dezembro, e daí eu vou logo curtir o Natal que eu tanto estou ansiosa para curtir, bem pertinho da minha família linda!
A ideia de fazer os cursos já estava sendo trabalhada desde que voltei dos EUA, só demorei um tiquinho para tirar do papel. E foi bom que eu tenha tirado antes do ano acabar. Assim eu posso finalizar o ano com uma sensação ainda maior de dever cumprido e começo o ano com o currículo levemente atualizado.
Ah, e também tenho três viagens já certas e uma ainda em planejamento para o começo do ano, e é aí que se encaixam os posts de roteiro que vão rolar por aqui... Ou seja, muita coisa boa nesse final e começo de ano, estou bem feliz e realizada.

Feliz Natal pessoal! Que a paz tome o coração de todos vocês e que a alegria seja o principal sentimento que vocês tenham para esse final de ano! Que as festas sejam incríveis para todos nós e que 2017 traga uma cachoeira de coisas boas!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

4 meses no Brasil já? Como vão as coisas? Novidades?

Aquela do meu aniversário...
Pois é, o tempo voa em qualquer lugar do mundo, voava lá e tá voando aqui... E sim, já se passaram 4 meses desde que estou de volta ao Brasil, dá para acreditar? Não houveram muitas mudanças desde o primeiro mês, mas vou falar como tudo está e como eu estou.
Uma coisa que todo mundo sempre me pergunta é sobre a adaptação e a saudade. E eu vou ser bem sincera, desde que eu pisei em São Paulo a sensação é de que eu nunca deixei o país, nunquinha... 
Aquela do reencontro da galera do Fundamental...
Parece que tudo o que vi e vivi nos EUA foi sonho, fruto da minha criativa imaginação. E não, não estou brincando. É como se as memórias dos 18 meses de intercâmbio não fossem físicas...
Eu não sei se é comum ter esse tipo de sensação, e confesso que nos dois primeiros meses eu me preocupava, porque eu não queria morrer de saudade de lá e sofrer com isso, mas também não queria que tudo parecesse tão surreal, sabe? Hoje eu superei...
O lado bom disso tudo é que, literalmente, nada mudou por aqui. Alguns casamentos, gravidezes, términos de namoro, mudanças... Mas no geral, NADA MUDOU. E como eu sou feliz por não ter mudado. Meu maior medo era esse! 
Aquela do reencontro da galera do Ensino Médio...
Eu realmente pensava que um ano era muito tempo e que tudo mudaria, imagina um ano e meio... Mas aí é que tá, tudo que eu tenho de mais especial na vida já criou raízes bem profundas, e para quebrar é preciso MUITO. Família é família, e se ela já não tem uma raiz forte desde o início, dificilmente algo mudará... A minha é maravilhosa e muito próxima, mesmo com as pequenas desavenças. E é muito bom estar com eles.
Agora, falando de amizade, os meus amigos são meus amigos há mais de 10 anos, salvo raras exceções. Mas já passamos POR MUITA COISA juntos, momentos bons e ruins, e estamos firmes. O que me faz acreditar que as chances de que um dia isso mude seja praticamente nula, e isso faz de mim MUITO abençoada.
Aquelas que eram seus grudes no Colegial...
Outra coisa que pode ter influenciado nessa sensação louca é o fato de que eu eu NUNCA tive intenções de morar nos EUA. Acredito que, por conta disso, o meu subconsciente tenha trabalhado MUITO bem em cima disso para que eu não sofresse quando voltasse. E se meu subconsciente realmente fez isso, serei grata a ele para o resto da vida, porque facilitou demais a minha readaptação, e sei disso porque tenho amigas que não tiveram tanta facilidade assim...
Mas calma lá, eu não sou tão de ferro assim não. Posso não ter chorado de saudades, mas já comecei a senti-la sim, ok? Essa época do ano foi muito especial para mim enquanto estive lá. Aniversários meu e da minha hostfamily, Halloween, Thanksgiving, Natal... Todos esses momentos foram muito especiais e inesquecíveis, o que despertou SIM uma saudade BEM apertadinho de lá, da minha hostfamily e das amizades que fiz lá!
Aquelas que há 10 anos te acompanham...
Falando nisso, venho compartilhar com vocês que pretendo MUITO viajar para lá em setembro do ano que vem. Pois é, já! Para quem não sabe, a minha hosta teve mais um bebê e ele nasceu em setembro, sendo assim, estou me planejando para visita-los na época do primeiro aniversario do bebê. Porque assim já consigo ver toda a família, participo de um evento que sei que é bem bacana (porque eu estava no primeiro aniversário do meu kid mais novo), e ainda por cima consigo visitar os meninos perto do aniversário deles também, já que um faz em agosto e outro em outubro.

Mudando um pouquinho de tópico, venho dizer-lhes que não, eu ainda não estou empregada. Mas estou tranquila com relação a isso. É obvio que eu preferia estar encaminhada, já pensando numa pós, sabendo onde vou morar no próximo ano... Mas a situação no Brasil não é boa e eu já esperava que isso fosse acontecer. 

Aquelas que dançaram na sua festa de 15 anos...
Consegui fazer uma graninha dando aulas de inglês, e foi bom que me distraiu um pouco. Também decidi fazer um curso de curta duração no SENAC, de redação empresarial, e já me deu um up com relação àquela sensação de se estar sem fazer nada sabe?
O lado bom disso é que vou poder viajar nesse final de ano. Tenho visto MUITO meus amigos. E me sinto muito feliz por estar de volta nessa época, já que houveram diversos reencontros de antigas escolas e vi pessoas que não via há 10 anos. E cada vez que participo de algum evento, aniversário, churrasco ou algo do gênero, fico imaginando como seria a sensação terrível que seria acompanhar as fotos e snaps de longe...
Aquela que foi presente de intercâmbio...
Outra coisa que faz qualquer desemprego valer a pena é ter tido a oportunidade de comemorar o meu aniversário por aqui. Entra familiares e amigos, e nada me deixa mais feliz do que isso...
Vou para um chácara no ano novo e já estou muito feliz de saber que verei todos vestindo branco e que a viagem será regata de sol e cerveja, porque olha, ô coisa estranha passar o ano novo na maior friaca da vida e com todos vestindo preto, hahahahahah...
Mas o melhor ainda está por vir... Carnaval!!!! Porque ano novo com frio é ok, levando em consideração que, PELO MENOS, existe ano novo. Mas e o Carnaval que lá é em outra data e meio diferente? Então... Pois eu amo verão, amo Carnaval, amo praia e cerveja, e passei os últimos 2 fora do país, então me aguardem porque esse ano vai ser diferente, e eu vou pro Rio!
Aquela que foi presente da Faculdade...
E por falar nisso, quase me esqueci, vocês lembram da Janaina? A minha amiga que conheci durante a minha primeira viagem lá no começo do intercâmbio? Aquela primeira vez que fui para San Francisco? E que depois ela e eu fizemos mais umas 5 viagens durante o nosso intercâmbio? Lembraram? Então, ela voltou para o Brasil também, e sabiam que ela mora 30 minutos da minha casa? Pois é! Vejo mais ela do que a minha própria irmã... E não poderia ser mais agradecida do que sou por um dia termos cruzado os nossos caminhos...
Bom, em resumo, é isso. Consegui começar a melhorar a minha alimentação e emagrecer os quilos que ganhei por lá... Tenho mandado bastante currículos e já tive algumas entrevistas... Converso com a minha hostfamily todo domingo via FaceTime...
Estou assistindo mais seriados do que já assistia antes... Mato saudade da minha família e dos meus amigos todos os dias... E estou muito feliz, realizada e esperançosa em estar de volta, ou seja, nada mudou, aqui É o meu lugar! E ai... Como é bom ir para o pagode e tomar uma Skol, hahahahahahah...

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Tópico: limpeza e organização

Enquanto escrevia o post sobre as minhas hostkids e compartilhava com vocês como era a minha rotina de trabalho, acabei me tocando de que nunca conversamos sobre limpeza, faxina, organização e coisas do gênero. E não porque eu não fazia, não, eu fazia e MUITO. Então decidi vir contar quais eram as minhas principais obrigações, como eu as realizava e as diferenças entre o Brasil e os EUA.
A minha hostfamily tinha dois grandes defeitos se tratando de faxina: nunca contratavam housecleaner e levavam a sério que tudo que era das crianças eram responsabilidade da Au Pair.
Para facilitar o entendimento de vocês, eu vou separar o post em três tópicos. Em um deles vou contar quais eram as minhas obrigações diárias, outro com as obrigações semanais e um outro com as obrigações quinzenais e mensais (as vezes sazonais).

📝 DAILY DUTIES:
Existiam algumas obrigações diárias, e por serem realizadas todos os dias se tornaram automáticas, espero lembrar de todas...
Logo cedo, eu trocava os meninos e já levava a roupinha deles para a lavanderia. Houveram momentos em que eu lavava roupa todos os dias, ás vezes acontecia de eu acumular e fazer dia sim e dia não, mas não passava de dois dias...
Outra coisa que eu fazia todos os dias era arrumar o playroom e os quartos, já que haviam brinquedos por todos os lados. Eu não me considerava "off" até que estivesse tudo em seu devido lugar, a cama arrumada, inclusive.
A louça era outra obrigação diária, meus hosts não suportavam a pia lotada. Então tudo que eu usava, ou eu lavava na pia (o que não podia ir para a máquina) ou eu colocava na máquina. E raramente a máquina de lavar louças ficava mais do que um dia sem ser ligada, então em 90% dos meus dias trabalhados eu tinha que enxugar e guardar as louças limpas...
Eu também lavava as mamadeiras e copinhos dos meninos todos os dias. Enquanto eles dormiam depois do almoço eu dava esse jeito na cozinha, louça e mamadeiras, todos os dias!
E por último, as privadas! Pois é, meus caros! Bom, levando em consideração que os meus hosts mal ficavam em casa e que, enquanto estavam, usavam a suíte do quarto deles, as outras privadas eram "minha responsabilidade". O que aconteceu foi que meu hostkid mais velho parou de usar fralda e começou a usar a privada, só que o xixi dele deixava a privada meio sujinha demais, e se passasse de um dia já secava e fedia, então eu limpava todos os dias...

📝 WEEKLY DUTIES:
Esses afazeres semanais vão parecer muitos, mas pensem, eu tinha 5 dias para fazê-los, então também já era automático, principalmente porque eu me impunha um calendário e fazia as coisas sempre no mesmo dia ou, pelo menos, tentava.
Na segunda-feira, por exemplo, eu lavava e trocava os lençóis, trocadores e toalhas dos meninos. Era um "dia de lavanderia", porque tinham roupas dos meninos do final de semana todo e eu já aproveitava e lavava mais coisas. Se eu passava o final de semana fora, ainda tinham as minhas, mas eu deixava pra fazer na terça-feira, por exemplo.
Uma coisa que eu geralmente fazia toda semana era tirar o lixo. Tínhamos latões de lixo no quintal e o lixeiro só vinha uma vez por semana, toda quarta-feira. Então, se era quarta e tinha lixo, mesmo que não estivesse transbordando, eu tirava e colocava no latão, já que o lixeiro só viria de novo em uma semana... E se o lixo tivesse transbordando, fosse o dia que fosse, eu também tirava.
Outro afazer semanal era lavar os humidificadores dos quartos dos meninos e o bottle warmer, que era um bagulhete que esquentava as mamadeiras em "banho maria". Como ambos utilizam de água para funcionar e estão diretamente ligados com a saúde dos meninos, era muito importante mantêm-los limpinhos...
Eu também limpava a cozinha uma vez por semana, na realidade, a área comum da casa (cozinha e sala de estar). Como já comentei acima quando falei dos banheiros, todo o resto da casa era, basicamente, utilizado por mim e pelos meninos, então, infelizmente fazia parte da minha obrigação manter tudo arrumadinho, né?
Eu também utilizava o horário da soneca para dar um jeito em tudo e geralmente fazia isso na sexta, sei lá, achava gostoso ficar off no final de semana com a sensação de que não ficou nada desarrumado ou para trás... Depois que lavava a louça, já aproveitava e passava um pano nas bancadas, limpava o fogão, dava uma geral na geladeira, varria e passava pano em toda a área e passava aspirador no tapete da sala...

📝 BIWEEKLY AND MONTHLY DUTIES:
Eu pegava toda semana do dia 15 de cada mês e tirava para fazer faxina, e tinha que ser a semana toda... Os meninos me ocupavam muito e eu não podia simplesmente deixa-los brincando e sair limpando a casa, já que eram pequenos...
Algumas vezes eu colocava um desenho no meu computador para eles assistirem, porque realmente NÃO TINHA OUTRO JEITO, mas acho que meus hosts nunca desconfiaram, já que era extremamente proibido deixa-los assistir alguma coisa...
O que eu fazia, então, era limpar um cômodo por dia. Na primeira casa, eram 3 quartos, meu e dos meninos, e dois banheiros, um meu e um deles. Se o quarto dos meninos fossem ambos no segundo andar, eu limparia tudo no mesmo dia, mas era um em cada andar, então nem tinha lógica querer limpar tudo no mesmo dia. Já na segunda casa, valia mais a pena passar o aspirador em todos os cômodos de uma vez só...
O que eu limpava no quarto deles: as persianas, sim, eu limpava as persianas, e as malditas eram sujas demais; tirava pó dos móveis, passava o aspirador, limpava e organizava os brinquedos dos quartos e lavava os cobertores, tapetes e bichos de pelúcia.
No banheiro: eu lavava as banheiras e os boxes, na cândida mesmo meus amigos; limpava as persianas, os espelhos e os brinquedos de banheira; lavava as pias, privadas, aspirava e passava pano no chão e lavava as toalhas e tapetes.
Também passava aspiradores no corredor comum da casa e na escada, já que era tudo carpete. Ah, e na lavanderia também, ficava cheia de pêlos e cabelos, e esse era outro cômodo que os meus hosts quase nunca usavam, já que mandavam tudo lavar na lavanderia...
Já a cozinha e a sala eu só fazia, mais uma vez, o que eu já fazia toda semana, nada além... E os tênis e crocs dos meninos eram coisas que eu sempre estava limpando também, e as cadeirinhas do carro e o carrinho.

📝 EXTRAS:
Eu tinha outras obrigações, mas elas não eram muito frequentes, o que não significa que não sejam importantes... Os brinquedos e as roupas dos meninos ficavam sob meus cuidados, não só na limpeza. Como assim?
Se eu percebesse brinquedos que eles já não brincam mais, ou que quebraram, ou que estão muito velhos, era minha obrigação coloca-los de lado. Sempre tinha uma sacola no closet de um deles para essa função. E trimestralmente a minha hosta fazia doação para uma ONG.
Com as roupas o esquema era exatamente o mesmo. As roupas do mais velho que iam ficando justas ou pequenas iam para uma caixa para que pudesse ser do mais novo quando as mesmas o servissem. As roupas do mais novo iam para uma outra caixa que, era doada, agora fica para o bebê. Também era minha obrigação pegar as roupas da caixa do mais velho e colocar em uso do mais novo.
Tinha uma caixa para cada idade. Até 6 meses, 12 meses, 18 meses, 2 anos, 3 anos, 4 anos... E por aí vai... Sempre achei bem legal esse perfil reciclável da minha hostfamily.

PRODUTINHOS DE LIMPEZA:
▪️ Vacuum Cleaner
Esse era exatamente o aspirador que os meus hosts tinham, tem a parte da frente, para limpar o chão, e no cabo também tem a parte do caninho, para limpar cantinhos e áreas menores, por exemplo...

▪️ Spray para limpeza de vidros e espelhos
Eram bem úteis e fáceis de usar, espirra e passa um paninho seco logo em seguida, pronto, estava limpo.

▪️ Detergente para lavar louças
Eu achava muito fofo o detergente ser da Palmolive, mas essa é a única diferença do nosso, nada alé, até as cores e os cheiros são iguais.

▪️ Spray de desinfetante com cloro
Era esse que eu usava nas pias, banheiras e privadas. Eu espirrava em tudo, deixava agindo uns 10 minutinhos, esfregava com esponja e enxaguava...

▪️ Lenços humedecidos com adição de cloro
Quer invenção mais incrível que essa? Eu usava para tudo! Até os crocs e brinquedos dos meninos eram tratados com essas wipes, tudo!

▪️ Limpador geral tipo o nosso Veja
Eu usava para limpar o fogão e a geladeira, por exemplo. Ou eu espirrava no pano e limpava, ou direto na peça, e o que minha hosta comprava era o de limão também...

▪️ Mop ou swab, sei lá, o nosso famosos esfregão
Não, não rolava rodo e pano, era esse negócio aí... Na parte de baixo tinha um paninho descartável que era só trocar quando acabava, nessa "garrafinha" ficava o desinfetante, e no topo do cabo tinha um botão que você apertava quando queria acionar o desinfetante. Espero que tenham entendido essa explicação.

▪️ Limpador de gabinetes, armários outros móveis de madeira
O próprio nome explica, é só aplicar e passar toalha de papel ou paninho seco logo em seguida... Nada de água na madeira galera!

▪️ Limpador de bancadas de mármore e similares
O nome explica tudo também. Era com esse produtinho que eu limpava as bancadas da cozinha... Sem erro, espirra, passa um pano úmido e limpo, pronto!

▪️ O tal do Blinds/Shutters Duster, ou seja, o espanador para limpar as persianas
Vai, agora a ideia de limpar as persianas nem parece tão medonha, né? Era só passar esse espanador de pó entre uma persiana e outra e estava limpo! Depois era só colocar a parte focinha do espanador na maquina de lavar...

▪️ Carpet Cleaning Machine
Parece um aspirador e funciona quase do mesmo jeito, só que com água. No compartimento de cima fica a água limpa com o desinfetante e no de baixo vai a água suja. Porque sim, o bagulho já lava e seca tudo de uma vez.

Em resumo é isso pessoal, espero que vocês tenham matado algumas curiosidades com esse post. Eu realmente fazia MUITA coisa. Algumas porque eram a minha obrigação mesmo e outras porque se eu não fizesse ninguém mais faria e eu moraria num chiqueiro...
Mas uma coisa é fato, eu sempre invejei Au Pairs que tinham faxineira em casa e nunca aceitei que a minha hf não tivesse. Mesmo que faxina nos EUA pareça fácil, o sangue brasileiro automaticamente te fará mais detalhista e limpa do que eles, vai por mim...
No final, de verdade, acabava virando tão rotineiro que nem cansava tanto. Sei que lendo deve parecer quase escravidão, ainda mais somado ao trabalho de se cuidar de duas crianças pequenas, mas eu sabia dividir bem os afazeres que, por exemplo, escrever na lista de mercado as coisas que iam acabando virava au-to-má-ti-co e nem parecia trabalho ou obrigação, se é que me entendem...

domingo, 11 de setembro de 2016

10 sonhos que realizei durante o intercâmbio

Foram muitos sonhos que realizei em tão pouco tempo, isso é fato, e quem me acompanha aqui no blog desde o começo talvez até saiba de alguns. O que me fez trazer esse post e abrir as principais realizações que tive durante os 18 meses é, especialmente, uma das formas que encontrei para incentiva-los a ter essa experiência também. E vamos aos 10...

💭 SALTAR DE PARAQUEDAS
Realizar um salto de paraquedas já era um sonho há algunas anos e, assim que eu decidi fazer intercâmbio, também decidi que seria lá que realizaria-o. O que eu não sabia ainda e que só fez com que tal realização fosse ainda mais incrível é que tal acontecimento seria no Hawaii. Sim, eu pulei de paraquedas no Hawaii e foi uma das experiências mais loucas e incríveis que já tive na vida.

💭 CONHECER A MINNIE
Esse talvez fosse o sonho mais antigo que eu tinha na minha listinha. Desde sempre fui uma fanática pela Disney e sim, tudo que eu tinha era da Minnie. Roupas, toalhas, roupa de cama, cobertor, brinquedos, acessórios, decorações e festas de aniversário... Tudo meu sempre foi da Minnie e eu nunca deixei de gostar dela, mesmo depois de adulta. E não é que eu fui morar 20 minutos da Disneyland? E não é que eu fui conhecer a Minnie ali, no berço dos parques todos da Disney? E sim, foi único e emocionante.

💭 ASSISTIR À UM SHOW DE ALGUM CANTOR QUE EU GOSTE MUITO
Esse era outro sonho que eu tinha há algum tempo e, na realidade, eu não fui para os EUA planejando realiza-lo. Fato é que as chances de acontecerem shows de cantores e/ou bandas internacionais famosas lá são bem maiores, e aconteceu enquanto eu estava lá.
Gosto de muitas bandas e cantores mas, internacionalmente falando, meus preferidos são Justin Timberlake e Taylor Swift há anos e são shows que pagaria qualquer valor para assistir. Bom, Justin estava fora de turnê (e tinha finalizado a última um mês antes da minha chegada), mas Taylor teve turnê enquanto estive lá, e de todos os shows da tour, no meu, teve a participação do Justin. Me diz se isso não é ser abençoada demais?

💭 NADAR COM GOLFINHOS
Tá aí outro sonho antigo, beeeeem antigo. De longe, golfinhos são os animais selvagens que mais admiro no mundo e sempre quis estar bem pertinho deles. Cheguei a vê-los de longe em passeio de barco, mas foi no Hawaii, em um parque de preservação animal, que pude estar bem pertinho de golfinhos e curtir alguns minutinhos perto desses animais tão únicos e incríveis.

💭 VIAJAR PARA OS PARQUES DE ORLANDO
Que criança nunca sonhou isso? Bem, se você faz parte dessa exceção, desculpe-me, porque eu sou totalmente aficcionada e essa viagem era o meu maior sonho da vida. Eu planejada essa semana em Orlando desde muito pitititica e nunca tive condições de realiza-la até então, o que foi bom, porque sou fanática por Harry Potter, e ter feito essa viagem hoje, com todo aquele "mundo" Harry Potter, fez da experiência ainda mais especial. E mais do que um sonho, esse sempre foi compartilhado, com a minha irmã. E adivinhem se não realizamos juntinhas? Pois é, tá aí mais uma prova do quão abençoada eu sou.

💭 FAZER UM CURSO NA MINHA ÁREA
Foi algo que nasceu em mim assim que decidi fazer um intercâmbio. Obviamente que queria aprimorar o inglês, e cursei ESL com esse propósito. Mas sempre quis realizar um curso na minha área também, principalmente pois, queira quer ou não, no período em que estamos fora do país, estamos profissionalmente "parados", e pensei que, com um curso específico, eu não voltaria tão desatualizada, afinal... E para quem tem interesse em saber sobre esse tal curso (que, no caso, foram dois), eu já fiz um post só sobre isso, aqui.

💭 ROADTRIP PELA CALIFÓRNIA
Também foi algo que comecei a cativar ao ver experiências de outras Au Pairs, e calhou de eu morar justamente lá e, com isso, ter feito dezenas de roadtrips por todo o estado, podendo conhecer tuuuudo que sempre planejei e sonhei e mais, muito mais. É um estado gigantesco e rico, vai de praia paradisíacas a desertos infernais, de montanhas nevadas a cidades caóticas, de calor de 40 graus a muito frio. Tudo vale muito a pena, e ter morado lá faz com que me sinta muito abençoada também.

💭 TER CONTATO COM NEVE
Parece bobo para quem já teve, mas para quem nunca, é especial demais. Foi no ano novo, no Yosemite National Park, que pude ter o meu primeiro contato com a neve. Branquinha e fofa. Incrivelmente linda. E num cenário único que só o Yosemite é capaz de oferecer. Nunca vou esquecer de nenhum detalhe dessa experiência, desde o boneco de neve até o anjinho que fiz no chão.

💭 CONHECER NYC
New York City é New York City, cada filme e seriado foram, diretamente, influenciadores desse sonho. Gossip Girl foi o meu seriado preferido da adolescência e a cada episódio eu me imaginava mais e mais conhecendo cada cantinho da tal Big Apple. E não deixou a desejar, aliás, só deixou um gostinho de quero mais, isso sim.

💭 FAZER UMA VIAGEM QUE POUCAS PESSOAS FIZERAM
Fiz mais de uma viagem que poucas pessoas fizeram, entre elas posso citar os parques nacionais da Califórnia: Yosemite, Sequoia e Death Valley. Mas a que encho o peito para contar e compartilhar é, e continuará sendo, o Hawaii. Visitei duas ilhas: Maui e Oahu, o foi ali que pude ver e conhecer lugares dos mais lindos que o mundo tem e Deus criou. É uma viagem que sempre vou me orgulhar de ter feito e que SEMPRE vou recomendar que todos façam, porque vale muito a pena.

E esses foram 10 dos principais sonhos que pude realizar durante o meu período intercambista. Espero que vocês tenham gostado de ler tanto quanto gostei de compartilhar. E mais, espero que a leitura tenha impulsionado vocês mais ainda a seguir o sonho de vocês, independente de qualquer obstáculo que possa surgir.